O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), promoveu ao longo desta semana, em Rio Branco, a Oficina Mosaic – Aprimoramento da Vigilância dos Vírus Respiratórios. O evento, realizado em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e o Ministério da Saúde (MS), teve como objetivo reforçar as ações de vigilância, preparação e resposta a possíveis emergências de saúde pública, com ênfase nas síndromes respiratórias agudas (SRAG).
Anub Martins, técnica da Área de Monitoramento dos Vírus Respiratórios da Sesacre, destacou a relevância da capacitação: “Nós vivemos em iminência de uma nova epidemia ou pandemia por vírus respiratórios. Por isso, precisamos desse momento para nos reunir, fortalecer e aprimorar essa vigilância no estado para que estejamos preparados para dar uma rápida resposta”, disse.
O evento busca aprimorar as capacidades das coordenações estaduais, fomentar a cultura de gestão de emergências em saúde pública e trata da elaboração, atualização e avaliação de planos de contingência, bem como da vigilância de vírus respiratórios.
A consultora nacional da Coordenação de Evidências, Emergências e Inteligências da Opas, Priscila Leal, enfatizou a necessidade de se estar preparado para possíveis cenários como o da covid-19. “Após as lições aprendidas com o enfrentamento da pandemia da covid, a gente observou junto com a OMS e com os países membros a importância de trabalhar com os estados os aspectos da vigilância, porque a gente sabe que enfrentar uma próxima epidemia, uma próxima pandemia, é uma questão de tempo”, expressou.
A oficina contou com a participação de técnicos da Vigilância Epidemiológica da covid-19, influenza e outros vírus respiratórios, representantes do Núcleo das Doenças Imunopreveníveis, do Departamento de Atenção Primária, das Unidades Próprias, Vigilância Epidemiológica Estadual, Renaveh, Cievs, PNI, Lacen, Apoio e Diagnóstico, Rede de Urgência e Emergência, Assistência Farmacêutica, Núcleos de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NUVEHs) e Regionais de Saúde.
Esse sistema considera que cada abordagem de vigilância atua como uma peça de um mosaico, criando um modelo integrado e eficaz para a implementação de estratégias de vigilância, de maneira coordenada, colaborativa e focada.
O Mosaic propõe uma visão abrangente, onde diferentes componentes da vigilância, como detecção precoce, laboratórios, assistência e imunização, se interconectam, assegurando que as ações de resposta sejam rápidas e precisas. Essa metodologia reforça a preparação dos estados para enfrentar futuras emergências de saúde pública, consolidando um sistema de vigilância robusto e resiliente.