O ginasta Rayan Castro vai passar por cirurgia no pé esquerdo no dia 19 de novembro em Belo Horizonte e vai ficar afastado até 2025. Em entrevista exclusiva para o Olimpíada Todo Dia, o atleta contou como foi conviver com dor nos Jogos Olímpicos e como está se preparando para o procedimento.
O atleta contou como foi conviver com dor nos últimos meses, principalmente no período de Jogos Olímpicos. “Eu chegava a chorar de dor, mas não parava de treinar, porque eu queria muito treinar, estar no meu melhor físico possível para estar na competição que eu sempre sonhei estar na vida. Mas foi uma ajuda de todos, eu tomava remédio, injeções no pé. Então na semana dos Jogos Olímpicos eu já não sentia mais nada, graças a Deus. Ali eu senti a melhor melhora do meu pé nos últimos tempos, até comentei com o meu técnico, que estava sentindo que eu estava evoluindo. Mas infelizmente isso só durou uma semana”, revelou o ginasta com exclusividade ao Olimpíada Todo Dia.
Rayan tem coalizão subtalar nos dois pés, mas sentiu mais dor no pé esquerdo antes dos Jogos de Paris-2024. Lá, ele foi 12º colocado no trampolim individual, melhorando os resultados de Camilla Gomes, em 2024, e Rafael Andrade, em 2016, ambos com 15º lugar. O mineiro destacou como o trabalho em conjunto dos médicos do Minas Tênis Clube e do Comitê Olímpico do Brasil o ajudaram a passar por esse momento.
“Antes dos Jogos Olímpicos, eu cuidei do meu pé com muita gente, porque estávamos viajando muito. Então tinha muita conversa com o meu médico do Minas, com o COB, que entrou muito forte pra esse apoio. Antes da Olimpíada, na aclimatação em Troyes, os médicos do COB me ajudaram o máximo possível. Tiveram momentos que eu nem conseguia subir no trampolim para pular, então chegou a ser uma dúvida se eu ia conseguir competir ou não, de tão grave a dor estava”, falou o atleta.
Para tratar do pé esquerdo, Rayan Castro está com cirurgia de artroscopia marcada para 19 de novembro em Belo Horizonte, para fazer uma espécie de “limpeza” para diminuir as dores, e assim iniciar bem o ciclo de 2028. “Eu sigo tratando o meu pé, estou fazendo o pré-cirúrgico e espero que depois disso tudo melhore. Que eu tenha menos dor, que possa ter mais treinos, porque agora estou surtando”, brincou ele, que acredita que vá fazer a recuperação até o final de 2024 e que retornará as atividades em janeiro de 2025.
Sem competir desde os Jogos Olímpicos, Rayan contou o que tem feito nos treinos para se manter ativo. “A gente escolheu não competir depois da Olimpíada, justamente para não encostar tanto o pé e também não agravar algo que não precisava. Então tenho feito atividades físicas, mas nada tático ou técnico no trampolim. Eu não tenho pulado desde que eu voltei dos Jogos, isso é tudo pensando numa recuperação melhor para o meu pé. Então a gente espera que com a cirurgia e com muita fisioterapia a gente consiga minimizar essa dor para o próximo ciclo”, finalizou o atleta.