Flaviano Melo, ex-governador do Acre e figura central na política do estado, faleceu na quarta-feira (20), aos 75 anos, após mais de 50 anos de carreira pública. Ele ocupou diversos cargos, incluindo prefeito de Rio Branco, governador, senador e deputado federal, sendo uma das personalidades mais marcantes da história política acreana.
Flaviano estava internado desde o dia 9 de novembro no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratar uma pneumonia. Sua morte foi confirmada após complicações de saúde. Nascido em Rio Branco em 17 de novembro de 1949, foi filiado ao MDB desde 1969 e iniciou sua trajetória política antes da redemocratização. Em 1983, tornou-se o último prefeito nomeado pelo governo estadual, antes da reabertura política. Foi também o segundo governador eleito por voto direto no estado, cargo que ocupou de 1987 a 1990.
Após seu período no governo, Flaviano Melo foi eleito senador e, em 2000, voltou a ser prefeito de Rio Branco, dessa vez por eleição popular. Sua última tentativa de retornar ao governo ocorreu em 2002, quando perdeu a disputa para Jorge Viana. Entre 2007 e 2023, foi deputado federal, destacando-se no Congresso Nacional.
Legado e controvérsias
Durante seu governo, Flaviano foi responsável por importantes obras, como a criação de novos bairros e a instalação de reservatórios de água em Rio Branco. Contudo, sua carreira também foi marcada por polêmicas, incluindo a acusação de envolvimento no caso “Conta Flávio Nogueira”, que envolveu o desvio de U$ 1,8 milhão.
Homenagens e despedida
O corpo de Flaviano Melo chegará a Rio Branco nesta sexta-feira (22), e o velório ocorrerá no Palácio Rio Branco, com sepultamento previsto para o sábado, no Cemitério São João Batista, onde está sepultado seu avô. Sua morte deixa um vazio na política local, mas seu legado continuará a ser lembrado e debatido por gerações futuras.