Escola Tancredo Neves apresentará projeto de produção sustentável a partir da fibra da bananeira na Mostra Viver Ciência

A décima edição da mostra Viver Ciência contará, este ano, com 162 trabalhos. Entre eles, o projeto “Produção sustentável e tecnológica a partir da fibra da bananeira na perspectiva do ecodesign”, idealizado e concretizado por docentes e estudantes do 2º e do 3º ano do ensino médio da Escola Tancredo Neves. A Viver Ciência será realizada nos dias 21 e 22 de novembro, na Escola Armando Nogueira, em Rio Branco.

A orientadora do projeto é a professora Priscila Chrys de Lira, tendo como coautor o professor de física Elias Moura. É o segundo ano consecutivo que os professores participam com trabalhos na mostra.

Alunos da Escola Tancredo Neves realizam projeto a partir da “renda” da bananeira. Foto: Mardilson Gomes/SEE

De acordo com Priscila, o projeto surgiu a partir da observação de que, embora seus frutos sejam muito consumidos, as demais partes da bananeira são pouco utilizadas, tornando-se resíduos.

A professora informa que a fibra do vegetal pode ser utilizada na fabricação de diversos produtos artesanais, como cestos, porta-lápis, bolsas, pulseiras e outros acessórios. “É um produto similar ao algodão e isso [o aproveitamento do material] tem a ver com a questão do uso sustentável dos recursos, por meio da reutilização do tronco”, explica.

Diversos utensílios e objetos são fabricados a partir da folha da bananeira. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Segundo Priscila, é da parte menos rígida do tronco, chamada “renda”, que se tira a fibra da bananeira. “É a fibra o que a gente mais utilizou na produção desses objetos. Então tem a utilização da fibra para tecido, para produtos artesanais e também para a produção de papel”, destaca.

Para o aluno Carlos Eduardo Rodrigues, do 2º ano, o projeto é importante porque ajuda a preservar o meio ambiente. “A gente não pode deixar essas coisas se decompor, e isso, inclusive, pode ajudar a fazer muitas coisas, como porta-lápis, porta-caneta, pincel e muitas outras coisas”, disse.

Carlos Eduardo Rodrigues: “A gente não pode deixar se decompor”. Foto: Mardilson Gomes/SEE

Já Antônio Carlos de Souza, do 3º ano, conta que, até fazer parte da equipe do projeto, não sabia que a fibra da bananeira poderia ser utilizada para tanta coisa. “Eu pensava que [a bananeira] era só para dar a fruta, mas com esse projeto pude aprender um pouco mais, pois eu nem sabia que a bananeira tinha um palmito”, diz.