Durante a sessão desta quarta-feira, 30 de outubro, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) voltou a levantar preocupações sobre o concurso público da Secretaria de Estado de Educação (SEE) do Acre, criticando especialmente a inclusão da exigência de videoaula como critério de avaliação. Segundo ele, a banca responsável pelo concurso tem falhado em garantir transparência e isonomia, expondo dados dos candidatos e utilizando uma metodologia que ele considera obscura e pouco confiável.
O oposicionista destacou que o uso da videoaula como critério de avaliação é uma tentativa de economizar à custa da transparência do processo. “Essa banca ‘especializada’, ao invés de contratar professores e realizar uma análise presencial, inventa um critério de videoaula que é ‘flagrantemente ilegal’ e coloca em risco a lisura do concurso”, afirmou o deputado, acrescentando que o formato não garante uma análise justa dos candidatos e abre espaço para questionamentos.
O oposicionista criticou ainda a ausência de critérios técnicos claramente definidos para a avaliação da videoaula, o que, segundo ele, gera uma “subjetividade” que preocupa os concorrentes. “Eles vão apenas divulgar a nota. O critério não é técnico, porque não está especificado. A impessoalidade quebra. É obscuro esse critério”, disse Magalhães, reforçando que a falta de clareza nas regras pode prejudicar os candidatos.
O parlamentar também questionou a competência da banca, lembrando que o edital já foi alterado quatro vezes desde o lançamento. Para ele, isso evidencia a incapacidade da banca de conduzir o processo de forma profissional e respeitosa. “Que banca é essa? Estão brincando com o sentimento das pessoas? Que subjetividade é essa? ”, desabafou.
O deputado apelou ao procurador Danilo Lovisaro, chefe do Ministério Público do Acre, para que intervenha na situação. Segundo ele, é essencial que o órgão defenda a “isonomia” e garanta um concurso justo e transparente. “Ainda há tempo para que a Secretaria de Educação tire esse ‘lixo do edital’. Manifestem-se! Não deixem milhares de profissionais perdendo o sono e muitos desistindo. É uma injustiça premeditada contra aqueles que têm interesse em se efetivar na Educação”, enfatizou.
Com suas declarações, Edvaldo Magalhães pede que a SEE e os órgãos competentes revisem o edital para assegurar que o processo seja conduzido de maneira justa e clara, em respeito aos candidatos que buscam uma vaga na educação pública do estado.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale
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