O governo do Acre, por meio do Instituto Socioeducativo (ISE), em parceria com o Tribunal de Justiça (TJAC), com o Ministério Público do Estado (MPAC) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), realizou o encerramento do curso de mecânico de bicicleta na manhã desta quinta-feira, 24, no Centro Socioeducativo Acre, em Rio Branco.
O projeto Pedalando Novos Tempos faz parte de uma política pública que visa incentivar e promover a reinserção de jovens internados em centros socioeducativos.
“Trabalhamos fortemente na parte de profissionalização dos adolescentes, para que possam ter uma oportunidade de trabalho ou de ter o próprio negócio. Esta é a terceira edição desse curso, em que já formamos cerca de 30 alunos, mas temos outros, como o de barbearia, em que eles recebem o próprio kit quando são desinternados, e o de horta”, relatou o presidente do ISE, Mario César Souza.
Os cursos profissionalizantes oferecidos pelo Estado e parceiros são importantes, pois propiciam perspectivas dignas de trabalho e renda para os socioeducandos, ao saírem do processo de internação.
“É uma profissão boa, para quando sair ter uma renda. Lá fora, na rua, o nosso pensamento era outro, é bom ter uma profissão quando sair, ter um trabalho bom”, avaliou o menor M.S.L.
A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, declarou-se feliz e esperançosa com a capacidade de transformação que os socioeducandos apresentaram. “O propósito é muito maior do que formar jovens com habilidades é firmar o compromisso com a reinserção desses jovens na sociedade, mudar vidas, criar sonhos e, acima de tudo, restaurar a dignidade”, observou.
O professor do curso, Ronildo Santos, trabalha como mecânico de bicicletas e afirmou estar emocionado por ajudar os jovens a mudarem de vida. “Que, quando saiam daqui, possam ter uma vida diferente”, almejou.
“Trabalhamos também com uma perspectiva social no Senai e, quando fazemos um curso desse aqui no centro, é nosso objetivo que esses jovens saiam qualificados, para ingressá-los no mercado de trabalho”, explicou o coordenador pedagógico do Senai, Deyslan Pedrosa.