O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), abriu diálogo com movimentos comunitários e o terceiro setor. A proposta é fazer um diagnóstico estrutural das associações e desenvolver um plano de economia regional com sustentabilidade e inclusão social. O Instituto Mercosul Amazônia (IMA) fará consultoria na mentoria de projetos.
“As comunidades da Baixada estão inseridas nesse modelo piloto. Das experiências vividas e diagnosticadas com cada associação, movimento, ONG e afins serão elaboradas novas etapas de cooperação que vão gerar benefícios significativos para todos os envolvidos e, sobretudo, para a população”, destacou o titular da Seict, Assurbanipal Mesquita.
Ele deixou claro que o Terceiro Setor não substitui o papel do Estado, mas complementa e potencializa suas ações. Ele afirmou que a ação é uma determinação do governador Gladson Cameli e visa a descentralização das políticas públicas, uma das estratégias mais eficazes adotadas pelo governo.
“Esse trabalho vai permitir que a sociedade organizada, por meio das entidades do Terceiro Setor, participe ativamente na criação e execução de programas e projetos que atendem diretamente às necessidades locais e regionais”, garantiu o gestor.
A Seict vai desenvolver uma busca ativa por qualificação que visa ampliar a inserção no mercado de trabalho, além do fortalecimento do empreendedorismo, com base em realidades já existentes em cada comunidade. Um amplo debate foi realizado na reunião que marcou o início do trabalho com a participação de 12 associações dos bairros Palheiral, João Eduardo I, II e III, Cabreúva, Bahia Nova, Plácido de Castro, Boa União e Pista.
Para a coordenadora da Regional, Maria das Graças, conhecida como Graça da Baixada, o plano de cooperação chega em boa hora. Ela defendeu maior organização no movimento comunitário.
“Nossas causas são comuns, mas, são defendidas individualmente. O projeto é de fortalecimento do movimento, com maior diálogo com os governos”, acrescentou a líder comunitária.
O presidente do IMA, Pedro Freire, afirmou que cada entidade será analisada individualmente.
“Primeiro avaliaremos cada instituição, suas necessidades jurídicas, administrativas, estruturais. A partir daí, a ideia é desenvolver um plano de trabalho individual e um planejamento regional, com base econômica, formulação de projetos e desenvolvimento social”, avaliou.