A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo emitiu um alerta epidemiológico nesta terça-feira (29) para a vacinação contra o sarampo no estado. O aviso do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do órgão foi publicado após confirmação, pela prefeitura da capital paulista, de registro de dois casos da doença em outubro.
O país está próximo de retomar o status de livre da doença, que ocorre após mais de dois anos sem registro de casos transmitidos localmente.
Segundo a pasta, a detecção do vírus no estado alerta a população sobre o risco de transmissão local e de disseminação. “Ao viajante que retorna, deve manter a atenção ao aparecimento de sintomas em até 21 dias. Caso apresente febre e vermelhidão na pele, evite o contato com outras pessoas, até ser avaliado por um profissional da saúde”, informa a diretora do CVE, Tatiana Lang, em nota da pasta.
O sarampo é uma doença viral, altamente transmissível, que pode ter uma apresentação grave e até levar à morte. A transmissão ocorre pela tosse, fala, espirro ou pela aspersão de gotículas de saliva de uma pessoa doente.
A vacinação é a maneira mais efetiva de evitar a infecção. Os principais sintomas do sarampo são manchas vermelhas no corpo e febre alta (acima de 38,5°) acompanhada de um ou mais dos seguintes sintomas: tosse seca; irritação nos olhos (conjuntivite); nariz escorrendo ou entupido.
Segundo o Ministério da Saúde, a cobertura para a doença, através da vacina tríplice viral, tem esquema vacinal de duas doses para pessoas de 12 meses até 29 anos de idade e uma dose para adultos de 30 a 59 anos. O imunizante protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola e teve aumento da cobertura da primeira dose, de 80,7% em 2022 para 87% em 2023.
O último caso autóctone de sarampo (transmitido no país) foi há dois anos, no Amapá. A vacina é recomendada a todas as pessoas entre 12 meses e 59 anos e o alerta indica que adolescentes e adultos não vacinados ou com esquema incompleto devem iniciar ou completar o esquema vacinal.