Durante a sessão desta quarta-feira, 16 de outubro, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), a deputada Antonia Sales (MDB) utilizou a tribuna para prestar solidariedade à família enlutada do delegado da Polícia Federal, Fares Feghali Sales, de 35 anos, que tirou a própria vida recentemente. Fares era filho de Marizete Messias Sales, prima do esposo da deputada, o ex-prefeito Vagner Sales. Em seu discurso emocionado, a parlamentar lamentou a tragédia e refletiu sobre a importância de oferecer apoio àqueles que enfrentam crises pessoais silenciosas.
“Hoje ocupo a tribuna para me solidarizar com a família enlutada de um acidente trágico, algo que acontece quando, infelizmente, as pessoas não encontram uma saída, talvez por falta de uma mão amiga ou por não se valerem de Deus naquele momento difícil. Fares era um jovem de apenas 35 anos, delegado da Polícia Federal, responsável, carinhoso e um bom filho. Falei com a avó dele, que me contou que, até pouco antes do ocorrido, ele estava brincando e sendo carinhoso com ela. Jamais poderíamos imaginar que ele tomaria essa decisão tão drástica”, relatou a deputada.
A emedebista destacou ainda a frequência crescente de casos de suicídio e a necessidade de uma maior atenção à saúde mental, especialmente entre os jovens e adolescentes. Ela lembrou que, muitas vezes, esses sinais passam despercebidos por familiares e amigos, tornando o sofrimento interno invisível até que seja tarde demais. “É preciso que todos nós, enquanto sociedade, gestores e educadores, fiquemos atentos. Precisamos de profissionais que possam detectar esses sinais, seja nos locais de trabalho ou nas escolas, para que vidas preciosas não sejam perdidas de forma tão trágica. Infelizmente, não podemos ver o que se passa em seus corações e pensamentos. Se soubéssemos, não há pai ou mãe que não fizesse tudo o que estivesse ao seu alcance para ajudar”, afirmou a deputada, visivelmente abalada.
A deputada também ressaltou a importância de que instituições, como escolas e locais de trabalho, se equipem com profissionais capacitados a identificar sinais de depressão e outros transtornos mentais, especialmente entre adolescentes. Ela sugeriu que as escolas invistam em programas de conscientização e em profissionais especializados, capazes de oferecer suporte e orientar os jovens em momentos de dificuldade.
“A nossa sociedade precisa de mais atenção a esse tema. Temos que ter pessoas nos locais de trabalho, nas escolas, que consigam detectar sinais de angústia e sofrimento, que às vezes ficam escondidos. Precisamos de políticas públicas que ajudem a prevenir essas tragédias”, defendeu.
Antonia Sales encerrou seu pronunciamento reiterando a gravidade da situação e pedindo uma ação mais efetiva por parte do poder público. Ela ressaltou que o apoio emocional é essencial para prevenir que casos como esses aconteçam.