Acre destaca papel da Educação Ambiental na COP16 para enfrentar desafios globais de biodiversidade

Em colaboração com Carina Castelo Branco

O Acre, representado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), participou nesta quarta-feira, 23, do painel Clima e Biodiversidade: Estratégia Internacional para Educação Ambiental, durante a 16ª Conferência das Partes (COP16) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), que ocorre de 21 de outubro a 1º de novembro em Cali, na Colômbia.

Coordenador de Educação Ambiental da Sema, João Raphael Gomes, falou sobre as ações realizadas pela Sema no estado do Acre. Foto: Thaís Volp/Arquivo pessoal

O painel teve como objetivo inspirar diálogos e colher contribuições para fortalecer a inserção da Educação Ambiental nas negociações das Conferências das Partes, focando em compromissos para enfrentar os desafios socioambientais atuais. A iniciativa também busca sinergias entre as agendas de biodiversidade, mudanças climáticas e desertificação.

Para o coordenador de Educação Ambiental da Sema, João Raphael Gomes, que participou do painel, as discussões promovidas no âmbito da COP16 são fundamentais para o fortalecimento da educação ambiental e a promoção de mudanças efetivas.

“A educação ambiental desempenha papel crucial na preservação e conservação da biodiversidade, especialmente em eventos como a COP da Biodiversidade, que visam discutir estratégias globais para enfrentar os desafios ambientais. Como coordenador de Educação Ambiental no Acre e membro da Câmara Técnica de Educação Ambiental da Associação Brasileira das Entidades de Meio Ambiente (Abema), acredito que a sensibilização das comunidades, por meio de ações educativas, é essencial para promover mudanças efetivas”, afirmou.

A participação do Acre faz parte da programação oficial da COP16, no Espaço Brasil, onde questões globais relacionadas à conservação da biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável estão sendo discutidas. Além de João Raphael, a Sema é representada pela chefe do Departamento de Biodiversidade, Marilene Brazil, e pela chefe da Divisão de Bioeconomia, Luciana Rola.

Segundo Marilene Brazil, a presença do Acre em eventos como a COP16 reafirma o compromisso do Estado com a preservação dos ecossistemas. “Precisamos trabalhar em conjunto, unindo conhecimento científico e tradicional, para criar soluções de longo prazo que garantam a conservação da biodiversidade e o bem-estar das comunidades locais”, destacou.

A Convenção sobre Diversidade Biológica, assinada por 150 países, é o principal acordo internacional voltado à proteção dos ecossistemas. A COP16, este ano com o slogan “Paz com a Natureza”, convida à reflexão sobre a necessidade de repensar nossa relação com o meio ambiente, promovendo um modelo econômico que não priorize a extração, superexploração e poluição.

O evento reúne representantes de governos, organizações não governamentais, setor privado e cidadãos para um diálogo global sobre como enfrentar os desafios da perda de biodiversidade.

Além dessas apresentações, a delegação acreana é liderada pela titular da Secretaria Extraordinária dos Povos Indígenas, Francisca Arara, e tem também como participantes a presidente do Instituto de Mudanças Climáticas, Jakislande Araújo, e técnicos da Sema. O grupo participará de diversos painéis sobre temas como mudanças climáticas, restauração ecológica e conservação da biodiversidade.

Servidores da Sema fazem parte da delegação acreana na COP16 da Biodiversidade. Foto: Arquivo pessoal

Espaço Brasil

O Brasil sedia um espaço para debates e palestras relacionados a temáticas da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). O Pavilhão Brasil deve receber ao menos 35 eventos entre os dias da conferência, com transmissão ao vivo no canal do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) no Youtube (youtube.com/ @mmeioambiente).

Entre os eventos relacionados, estão destaques sobre regeneração florestal, bioeconomia e proteção de ecossistemas tropicais. Além disso, está programado o lançamento do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg 2025-2028), que estabelece metas e arranjos objetivando fortalecimento da agenda voltada à recuperação da vegetação nativa no Brasil, voltada à uma conexão das políticas nacionais com as metas da CDB, da COP do Clima e de outros tratados internacionais.