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Semulher inicia projeto ‘Papo Reto: combatendo a violência contra mulheres e meninas negras’ na escola Ester Maia de Oliveira, em Rio Branco

A Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) iniciou, nesta terça-feira, 17, o projeto ‘Papo Reto: combatendo a violência contra mulheres e meninas negras’, na escola Professora Ester Maia de Oliveira, no bairro Cidade do Povo, em Rio Branco. Lançado na sede da secretaria no dia 13 de agosto, o projeto busca contribuir na reflexão de adolescentes e jovens sobre gênero e etnia.

Estudantes da escola Ester Maia durante projeto da Semulher, ‘Papo Reto’. Foto: Victor Batista/Semulher

De acordo com a secretária da Mulher, Márdhia El-Shawwa, esta é mais uma iniciativa da Semulher na busca pela prevenção e conscientização da violência. “A maior parte das mulheres que sofrem violência são as mulheres negras, um grupo que há tempos enfrenta problemas sociais profundos. Trabalhar com os estudantes, nas escolas, é uma forma de intervir nesse cenário, para mudar essa estatística”, explicou.

Secretária da Mulher, Márdhia El-Shawwa, no lançamento do projeto ‘Papo Reto’. Foto: Franklin Lima/Semulher

O projeto ‘Papo Reto’ foi idealizado como uma alternativa para minimizar os índices de violência contra a população negra, principalmente mulheres, por meio de rodas de conversa e oficinas sobre gênero e interseccionalidade nas escolas da capital.

Oficina e roda de conversa sendo aplicada aos alunos para refletir sobre gênero e etnia. Foto: Victor Batista/Semulher

Essas ações são coordenadas e realizadas pela equipe multidisciplinar da Secretaria da Mulher, por meio do Departamento de Fortalecimento Institucional, Ações Temáticas e Políticas de Cuidado. A técnica e responsável pela Divisão de Diversidade Étnica Racial da Semulher, Silvania Oliveira, afirmou que o ambiente escolar se mostrou receptivo e já tiveram um retorno dos alunos e alunas.

Técnicas da Secretaria da Mulher. Foto: Victor Batista/Semulher

“Muitos dos nossos problemas sociais podem ser resolvidos por intermédio da educação. Não é diferente com as questões de gênero. Não é possível tratar sobre gênero sem falar sobre etnia. São interseccionalidades que, associadas aos jovens e adolescentes, podem, desde cedo, fazer parte da formação cultural deles e mudar a mentalidade quanto aos problemas estruturais e a reprodução da violência contra mulheres no geral e especialmente as negras”, destacou.

“Fomos informados sobre o racismo, as leis de proteção às mulheres e os números de denúncia”, disse o estudante André Nascimento, de 16 anos. Foto: Ascom/Semulher

“Fomos informados sobre o racismo, as leis de proteção às mulheres e os números de denúncia e nos conscientizamos sobre os tipos de violência. Essa palestra foi muito importante pra nós [estudantes], porque além de ficarmos sabendo, também serve para abrir a mente das pessoas em relação a esse tema”, disse o estudante André Nascimento, de 16 anos.

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