Em continuidade ao Simulado Zoossanitário com ênfase em Febre Aftosa, o Instituto de Agropecuário e Florestal do Acre (Idaf), em parceria com o Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (Panaftosa), realizou no Serviço Social do Comércio (Sesc) em Cruzeiro do Sul, aulas teóricas com linguagem específicas sobre instruções de controle e erradicação da doença e dos procedimentos corretos pelo sistema veterinário oficial diante as notificações de suspeita da febre aftosa.
As oficinas têm como objetivo proporcionar um ambiente controlado onde os participantes possam experimentar e gerenciar cenários simulados de surtos de febre aftosa. Estas simulações ajudam a aprimorar a resposta do serviço veterinário oficial, testar protocolos de controle e melhorar a coordenação das ações entre os setores envolvidos no controle da doença.
A iniciativa do Idaf representa um avanço e um marco importante para o estado do Acre, pois é o quarto exercício simulado que ocorre no Brasil e o primeiro da região Norte, mostrando o compromisso do governo do Acre em manter a sanidade animal, as políticas públicas para o setor econômico primário e o bom desenvolvimento da pecuária.
“Para a realização desse evento no Acre, o Idaf requisitou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para sediar o simulado de emergência, sendo o primeiro da região amazônica. Treinamentos desta magnitude são obrigatoriamente notificados a Organização Mundial da Saúde (OMSA), pois esse é o procedimento padrão entre todos os países integrantes, como forma de comunicar o que está acontecendo”, ressalta Kennedy Lins, auditor fiscal do Idaf e um dos coordenadores do simulado.
Durante a semana, foram capacitados cerca de 124 médicos veterinários de todas as regiões do país, incluindo participantes internacionais convidados do Peru e Bolívia, reforçando a estratégia do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) de fortalecimento da vigilância e reação imediata em situação de foco de aftosa.
“O Acre abriu as portas e permitiu que o Brasil inteiro estivesse aqui dentro das suas propriedades, nessa relação com o próprio serviço estadual, é uma troca de experiência gigante. Esse estado está mostrando seu potencial, nos dando a oportunidade de reconhecer a grandeza do seu potencial técnico, pecuário e de todas as ferramentas que utiliza para fazer a vigilância, para fazer a reação imediata, mostrando que é um estado que está capacitado a fazer proteção em uma fronteira”, resssalta Margarida Prazeres, fiscal estadual agropecuário da Agência de Defesa Agropecuária de Maranhão (Aged).
Todos os seis painéis apresentados explicitaram situações de crise que desempenham um papel vital na preparação de indivíduos e equipes para enfrentar situações de emergência e crises. As atividades incluíram: oficina de informação e preenchimento de formulários, oficina de preparo e envio de amostras, oficina de saneamento de foco, controle de trânsito, oficina de rastreamento de possíveis fonte de infecção e de procedimentos de biossegurança para atendimento de uma notificação de suspeita de doença emergencial.
Segundo Anselmo Rivetti, instrutor do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA), o serviço veterinário oficial é um só, e essa interação com o Ministério da Agricultura e parceiros no caso de um simulado de emergência é de extrema importância. “É necessário para a gente fazer um treinamento entre essas instituições para poder no caso de uma emergência sanitária real, entender a dimensão do que foi anteriormente e poder conter de maneira ágil e precisa”.
A partir deste domingo, para validar o plano de emergência zoossanitário, todos os integrantes do simulado participarão do treinamento prático em vários lugares da região do Juruá, simulando casos reais de foco da febre aftosa.
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