O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta quinta-feira, 12 de setembro, um chamado global para a Cúpula do Futuro, que será realizada entre os dias 20 e 23 de setembro na sede das Nações Unidas, em Nova York. “Chegou a hora de agir, o Brasil está dando novo impulso à reforma da governança global na sua presidência do G20. Mas esse debate também precisa ser travado na ONU, o fórum mais inclusivo de todos. Gostaríamos que todos fossem à Cúpula do Futuro com a ambição de promover reformas efetivas”, disse.
Chegou a hora de agir, o Brasil está dando novo impulso à reforma da governança global na sua presidência do G20. Mas esse debate também precisa ser travado na ONU, o fórum mais inclusivo de todos”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República
A Cúpula do Futuro precede a Assembleia Geral da ONU. Vai reunir chefes de Estado e governo dos 193 Estados-membros da ONU, além de representantes da sociedade civil, pesquisadores, setor privado e juventude.
O objetivo é adotar acordos que aumentem a cooperação para enfrentar desafios críticos, resolver lacunas na governança global e estabelecer um novo consenso internacional para preservar o futuro.
Entre as questões em discussão estarão a aceleração do desenvolvimento sustentável e a reforma de instituições como o Conselho de Segurança da ONU e o sistema financeiro internacional. De acordo com Lula, isso só ocorrerá se os países em desenvolvimento tiverem maior espaço nesses organismos. “Precisamos legar para as gerações futuras um sistema multilateral renovado, legítimo e eficaz”, destacou.
Será criado um documento com medidas de ação conhecido como Pacto para o Futuro. Na abertura da Cúpula, espera-se que os líderes mundiais adotem o Pacto, que incluirá um Pacto Digital Global e uma Declaração sobre as Gerações Futuras.
ALIANÇA GLOBAL — O presidente destacou que a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada no G20, estará aberta a todos os países da ONU. A iniciativa, proposta pela presidência brasileira do G20, tem como objetivo estabelecer uma aliança global para obter recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais eficazes para a erradicação da fome e da pobreza no mundo.
A iniciativa estabelece um mecanismo prático para mobilizar recursos financeiros e conhecimento de vários países e entidades internacionais, para apoiar a implementação e a ampliação, em escala global, de ações, políticas públicas e programas efetivos desenvolvidos pelos diferentes países e instituições para o combate à desigualdade e à pobreza. O objetivo é ampliar bases para o desenvolvimento e superação da fome a longo prazo. “Ela nasce da vontade política e do espírito de solidariedade de enfrentar essa chaga que ainda assombra a humanidade”, disse Lula.