Durante a sessão desta terça-feira, 10 de setembro, na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), fez duras críticas à gestão do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalon. O parlamentar trouxe à tona uma série de acusações graves, baseadas em um áudio que circulou em grupos de WhatsApp e em sites da capital, envolvendo a secretária de Educação, professora Nabiha Bestene.
O deputado iniciou sua fala solicitando que a assessoria técnica da Aleac reproduzisse o áudio em questão. Segundo Magalhães, a gravação revela uma “crise de sincericídio” por parte da secretária, que teria exposto a fragilidade e a falta de responsabilidade da atual administração municipal.
“O áudio é sobre a gravidade da situação enfrentada por mais de 500 profissionais da educação que tiveram seus contratos cancelados durante o período eleitoral. Nesse áudio, a secretária de Educação, professora, Nabiha Bestene , parente direto do candidato a vice-prefeito, faz uma espécie de desabafo, com afirmações gravíssimas, que em qualquer ambiente de maior seriedade política e institucional, o prefeito deveria responder por vários processos. Vários”, afirmou o deputado.
No áudio, Nabiha Bestene supostamente admite ter tomado providências questionáveis a pedido do prefeito. Segundo o deputado, a secretária teria sido pressionada a criar um banco de reservas de profissionais para substituições eventuais, mas sem a devida formalidade nos contratos. Magalhães destacou ainda que essa situação comprometeu a segurança jurídica e administrativa dos trabalhadores da educação. “Olha o tamanho da irresponsabilidade. Olha o tamanho da insegurança jurídica e administrativa que o prefeito deixou os trabalhadores e as trabalhadoras em educação sem a renovação dos contratos”, declarou.
Além disso, o deputado mencionou que a secretária teria antecipado que a crise estouraria “em plena campanha” eleitoral, o que de fato aconteceu. “Estão agora tentando botar panos quentes, arranjar um jeito, fazer uma maquiagem, orientando a diretores de escola e diretoras a chamar as pessoas para vir, mesmo sem contrato, entre aspas, voluntariamente, para depois dar um jeito de pagar”, denunciou Magalhães.
Para o parlamentar, as revelações feitas pela secretária são prova suficiente de que a gestão de Tião Bocalon deve ser encerrada. “Aqui é uma prova, pela confissão angustiante da secretária de Educação, de que Rio Branco precisa botar um ponto final nessa gestão desastrosa do prefeito Tião Bocalon”, concluiu.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac
Foto: Sérgio Vale
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