A Secretária de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Núcleo de Saúde da Mulher e Núcleo de Saúde do Homem, do Departamento de Atenção Primária à Saúde (DAPS), com o objetivo de intensificar os eventos de conscientização do Agosto Lilás, promoveu na última sexta-feira, 16, no auditório do Centro Universitário Estácio-Unimeta, uma roda de conversa, com a temática “Violência contra mulheres e meninas: Identificar para enfrentar”. O principal público foram os acadêmicos das áreas de saúde da instituição.
O mês de agosto é marcado pela campanha de conscientização sobre o fim da violência contra a mulher, que foi fundamentada em alusão à sanção da Lei Maria da Penha (Lei Federal nº 11.340/2006) e completa neste ano, 18 anos.
No evento foram distribuídos panfletos informativos com divulgação dos órgãos de combate e atendimento à mulher em situação de violência, apresentadas estatísticas que confirmam a vulnerabilidade da mulher no contexto social e reforçados os modos de identificar e combater condutas que ameacem a integridade da mulher em diferentes áreas da sociedade.
Debates para evidenciar a problemática e que sinalizem as diversas formas de violência contra a mulher, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial, são dever do Estado, assim como também estabelecer as estratégias de enfrentamento.
A coordenadora do Núcleo Estadual de Saúde da Mulher, Rafaela Brito, pontuou o porquê dos universitários serem um dos públicos escolhidos para execução do evento.
“Hoje nós estamos promovendo este evento para a comunidade acadêmica porque eles são formadores de opinião, eles que formam o meio acadêmico, são um grande alvo para que divulguemos essas informações, para que venha a ser interrompido esse ciclo de violência contra as mulheres” acrescentou.
Presente no evento, o representante do Núcleo de Saúde do Homem, Johnatan Paiva, reforçou a importância do papel masculino no envolvimento de ações voltadas para essa temática.
“Nós temos dados que evidenciam que a maioria dos agressores são do sexo masculino e isso não é algo cultural, é algo que deve ser enfrentado e todos nós, somos responsáveis por essa mudança e por essa reflexão” afirmou o coordenador.
Para a aluna do curso de enfermagem, Luseany da Silva, a roda de conversa contribui com a qualificação do profissional da saúde, de modo que se consiga identificar sinais em pacientes vítimas de violência.
“Acredito que agregue nos dando uma visão mais ampla, porque ao atender mulheres que chegam nos hospitais para fazer alguns exames, o enfermeiro tem uma função vital em reconhecer o que seria de fato uma queda, como algumas alegam, ou lesões por ter escorregado no banheiro, e saber identificar para diferenciar do que de fato seria um murro, uma agressão, um apertão”, justificou a acadêmica.
O combate à violência contra a mulher exige um compromisso coletivo e contínuo, tanto em reconhecer, como agir de modo a erradicar o cenário, por meio da conscientização ampla e da assistência dos locais de atendimento às vítimas, com amparo legal e eficiência das unidades de saúde.
A programação que permanece ocorrendo durante o mês de agosto, na próxima semana, seguirá com ações no corpo de bombeiros e na Polícia Militar.
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