Sema se reúne com órgãos ligados à agenda ambiental com foco em mitigar impactos da seca aos povos e comunidades tradicionais

Com um olhar de atenção ao agravamento da situação de seca, e objetivando mitigar os impactos aos povos e comunidades tradicionais, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), se reuniu com representantes da Defesa Civil Estadual e Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh) nesta terça-feira, 20, para alinhar ações prioritárias.

Desde junho, o Acre enfrenta uma estiagem severa e o estado já publicou decretos, entre eles, o que colocou todos os 22 municípios em Situação de Emergência Ambiental, o que declarou situação de emergência relacionada ao fornecimento de água, ao agravamento do risco de incêndios em áreas de cobertura florestal, às queimadas descontroladas e elevada emissão de fumaça e à situação de emergência em saúde pública.

Para além disso, foi criado o Gabinete de Crise, que reúne diversas secretarias, órgãos e instituições ligados à agenda ambiental, que se reúnem semanalmente para deliberarem ações voltadas ao enfrentamento da estiagem.

Na oportunidade, dados qualificados e quantificados pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), ligado à Sema, como os de qualidade do ar, focos de queimadas, níveis dos rios e alertas de desmatamentos, são apresentados e usados nas tomadas de decisões.

À frente da gestão das nove unidades de conservação estaduais, a secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, falou sobre a atuação do Estado no enfrentamento à seca, por meio do Gabinete de Crise, e reforçou o compromisso em dar acolhimento às pessoas que moram nessas comunidades.

“É fato que precisamos ter um olhar de atenção a toda a sociedade que está diretamente ligada aos impactos da seca no Acre, mas nós, como gestão das UCs estaduais, precisamos ter um comprometimento maior com os povos que lá vivem, preconizando a segurança alimentar e nutricional”, afirmou.

Sema se reuniu para definiar ações prioritárias no período de seca. Fotos: Eduardo Paiva/Sema.

A gestora explicou ainda que, diante da situação, o Estado já publicou decretos relacionados à crise hídrica, emergência ambiental e saúde, levando toda a atenção e esforços integrados por 180 dias.

“A Sema instalou, por meio do Programa Água Boa, em três das nossas Unidades de Gestão Ambiental Integradas (Ugais), filtros de água potável para que as comunidades possam ter uma água de qualidade. Esses são pontos estratégicos para que possamos oportunizar um suporte às comunidades que vivem nas nossas UCs. Estamos nos preparando para a implantação de mais dois”, complementou.

O coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil Estadual, que é responsável junto à Casa Civil pela coordenação do Gabinete de Crise, explicou que o governo está dando suporte à capital e interior.

“Estamos alinhados com os demais órgãos e nos organizando da melhor forma possível, a fim de atender todos os municípios da melhor forma possível. Orientamos todas as coordenadorias de Defesa Civil municipais para que façam o levantamento das áreas mais críticas para que possamos nos organizar e atuar por elas. Lembrando que o governo federal reconheceu a Emergência Ambiental declarada pelo governo devido à grave seca e escassez hídrica que afeta os nossos 22 municípios, o que nos dá um maior suporte para a realização mais rápida de ações”, afirmou.

Também presente na reunião, a secretária adjunta de Assistência Social e Direitos Humanos, Amanda Vasconcelos, falou da importante união entre as pastas para dar acolhimento aos atingidos diretamente pelos impactos da seca.

“Já temos um levantamento de famílias, mas vamos aprimorar esses dados com a ajuda da Sema, já que a secretária colocou à disposição sua Unidade Central de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto (Ucegeo) para que possamos fazer um melhor mapeamento de áreas e pessoas atingidas. Já estamos em atuação e sabemos que é necessário dar uma atenção a todos, porém, com um olhar especial também às comunidades que moram nas unidades e povos da floresta, e da zona rural”, falou.

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