No teatro, Rafael Infante estreia a comédia “Terapia Infernal” no Rio de Janeiro, no Teatro Casa Grande (21 e 22 de setembro), antes de seguir em turnê pór Bragança Paulista (Casa de Cultura, 12/10), Sorocaba (Cine Play, 13/10), Campinas (Teatro Iguatemi, 18 e 25/10) e São Paulo (Teatro Gazeta, 19/10).
A peça – uma mistura de teatro com stand-up comedy – propõe uma perspectiva inusitada sobre a figura do diabo, que desce à Terra com permissão divina para observar e analisar a sociedade. Em uma sessão de terapia pouco convencional, ele se vê no divã, questionando a sua própria função e o comportamento das pessoas no mundo contemporâneo.
“A peça surgiu de angústias pessoais, principalmente durante a pandemia, quando observei a maldade humana e comecei a questionar o que o ser humano consome, fala, teme e deseja”, explica o ator. “O espetáculo não tem a intenção de julgar, mas sim de observar e entender as ações humanas, além de oferecer ao público uma oportunidade de refletir sobre temas como moralidade, escolhas e o impacto das nossas ações no mundo. A gente tá ocupando tanto o lugar do diabo, desse arquétipo que criaram dele, que ele começa a ficar sem função. Então ele desce na Terra para entender quem é essa galera que tá ocupando o espaço dele.”
A partir de uma sequência de esquetes que se desenvolve de forma dinâmica, explorando as contradições e paradoxos da natureza humana através dos olhos do diabo, o ator revisita uma variedade de personagens icônicos de sua carreira. A música é outro elemento importante da narrativa. Desde o início da peça, estabelece uma conexão rítmica com o público, criando uma combinação em que todos batem palmas juntos, o que se torna um elemento recorrente ao longo do espetáculo. Ao interagir musicalmente com a plateia, brinca com sotaques e estilos de cantores, como na versão de “Asa Branca” com sotaque americanizado, em que parodia os realities musicais estrangeiros. Na troca constante com o público, o humorista mantém o tom leve e a preocupação de jamais constranger os espectadores.
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Rafael não apenas protagoniza o espetáculo, mas também assina a dramaturgia, ao lado de Tatiana Infante e do diretor Moisés Bittencourt. A produção é liderada por Renata Galvão Miklos e Eduardo Nóbrega. Enquanto se dedica ao teatro, o humorista também tem se envolvido em diversos outros projetos criativos. Ele atualmente está participando de novas produções na televisão e no cinema, além de explorar novos conteúdos digitais.
“O que mais me encanta é a possibilidade de transitar entre diferentes plataformas e formatos. Cada projeto traz um desafio novo, e eu busco sempre me reinventar”, comenta.
No cinema, Infante viveu recentemente uma experiência profundamente pessoal ao atuar pela primeira vez ao lado de sua filha Lara, de 8 anos, no filme “Mamãe saiu de férias”. O ator sempre quis compartilhar o set com ela, e o projeto trouxe uma conexão ainda mais forte entre os dois, além de permitir que ele explorasse a dinâmica familiar através de seu trabalho.
Na televisão e streaming, o humorista continua a se destacar com suas colaborações no Porta dos Fundos, está envolvido em novas temporadas da série “Rensga Hits!”, e está perto de estrear um novo quadro com vários episódios no Fantástico. Para o futuro, Infante também revela seu desejo de continuar expandindo sua carreira para além da atuação. Além do trabalho cênico, Infante vem se dedicando à direção. Ele prepara a estreia de uma nova peça com os alunos da Escola de Atores Wolf Maya, marcada para novembro, e vê esse papel como uma extensão natural de sua carreira artística.
“A direção me permite ter uma visão mais ampla do processo criativo e experimentar novas formas de contar histórias. Quero continuar me envolvendo em direção e produção. Esses papéis me permitem contribuir de maneira mais completa para as obras que realizo”, conclui.
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