A Lojas Americanas registrou um prejuízo de R$ 2,272 bilhões em 2023, segundo o balanço da comapanhia divulgado nesta quarta-feira, 14. No ano passado, a empresa descobriu uma fraude contábil que gerou um rombo superior a R$ 25 bilhões, o que levou a varejista a entrar em recuperação judicial.
No primeiro semestre de 2024, a empresa reportou uma perda de R$ 1,412 bilhão, ante R$ 3,203 bilhões do mesmo período em 2023. O prejuízo de 2022 foi revisado de R$ 12,9 bilhões para R$ 13,2 bilhões.
O lucr antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado do primeiro trimestre deste ano foi positivo em R$ 265 milhões, uma melhora significativa em relação ao negativo de R$ 2,411 bilhões em 2023.
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As ações da companhia encerraram o pregão desta quarta-feira cotadas a R$ 0,33, queda de 19,5.
Em junho, a empresa havia divulgado os dados do balanço de 2023 e do primeiro trimestre de 2024, que ainda não tinham sido auditados.
No mês seguinte, o conselho de administração da Americanas aprovou um aumento de capital, parte do qual inclui um aporte de R$ 12 bilhões de seus acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.
O aumento teve montante total de emissão de R$ 24,46 bilhões, segundo comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). As novas ações poderão ser negociadas a partir desta quinta-feira, 15.
Investigação confirmou fraude na Americanas
Há cerca de um mês, uma investigação conduzida por um comitê independente confirmou a existência de fraude contábil na Americanas, responsável por discrepâncias no balanço patrimonial da empresa.
No âmbito das investigações, 14 pessoas ligadas à varejista estão sendo investigadas por manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa.
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Em 1º de julho, a ex-diretora Anna Saicali entregou seu passaporte à Polícia Federal em São Paulo depois de retornar de Portugal.
Em 29 de junho, o ex-CEO Miguel Gutierrez foi liberado pelas autoridades em Madri. Ele havia sido detido no dia anterior.